"Só há verdadeira solidão onde falta Deus."

segunda-feira, 1 de novembro de 2010


CARÍSSIMOS/AS

CATEQUISTAS DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS


Dou graças a meu Deus todas as vezes que me lembro de vós. Sempre, em todas as minhas orações, rezo por vós com alegria, por causa da vossa comunhão conosco na divulgação do evangelho, desde o primeiro dia até agora”. (FL. 1,3-5).

Inspirada pela carta amorosa e transbordante de ternura que Paulo dirige ao povo de Filipos, pensei em cada um de vocês, catequistas, ao refletir essa leitura durante a Celebração Eucarística que nós, assessores, participamos todos os dias, aqui na CNBB.

Nesse mês missionário, somos convocados a REFLETIR a nossa vocação de discípulo missionário, conforme nos aponta o Documento de Aparecida. Muito mais que refletir, somos convidados a nos RE-ENCANTAR, isto é, criar espaço para as moções do Espírito, entrar nesse movimento dinâmico e inovador, deixar-se CONDUZIR para que o encantamento inicial, a admiração, tome conta do nosso SER CATEQUISTA. Que tal voltar às fontes e fazer memória desse CHAMADO, desse ENCONTRO que marcou definitivamente a sua existência como catequista?

Tenho certeza de que aquele que começou em vós uma boa obra há de levá-la à perfeição até o dia de Cristo Jesus.” Fl 1, 6

Aquele que é razão desse encantamento, Jesus Cristo, que um dia nos chamou pelo nome lá onde nos encontrávamos, no cotidiano das nossas vidas, é fiel, continua presente de uma forma discreta e sutil, é o Deus da caminhada, da travessia, que pedagogicamente vai se revelando, é o Deus de Jesus Cristo. Revela-se do seu jeito não do nosso, por isso é sempre surpreendente e inusitado.

Como catequista, quais os SINAIS de Deus, da sua ação amorosa, que lhe confirmam na MISSÃO?

É justo que eu pense assim a respeito de vós todos, pois a todos trago no coração,porque, tanto na minha prisão como na defesa e confirmação do evangelho, participais na graça que me foi dada”.FL 1, 7

A filiação divina nos faz participantes da mesma GRAÇA, somos filhos e filhas do mesmo Pai, irmãos de Jesus Cristo, irmanados pelos laços do Espírito possibilitamos que a TRINDADE SANTA faça morada em nosso corpo, em nossa existência e na fragilidade das nossas limitações, expressamos a totalidade do amor de Deus. Comungamos da mesma GRAÇA, que nos possibilita realizar a missão com leveza e gratuidade, descobrindo em cada desafio, que o Senhor nos capacita com seus dons. Na sua missão como Catequista, você se sente agraciado, amado e capacitado por Deus?

“Deus é testemunha de que tenho saudade de todos vós com a ternura de Cristo Jesus. E isto eu peço a Deus: que o vosso amor cresça sempre mais, em todo o conhecimento e experiência, para discernirdes o que é melhor”. FL 1, 8-10.

A relação que Paulo estabelece com as comunidades é extremamente afetiva e terna, sente saudade, porque criou laços...Preocupa-se, porque sabe das dificuldades e das limitações humanas, por isso, exorta-os para que o amor cresça, supere as diferenças e seja determinante nas escolhas.

Aprendemos de Paulo, que a vocação é expressão do amor de Deus e que o seguimento a Jesus Cristo concretiza-se nas relações que somos capazes de estabelecer com os outros. Será que a nossa catequese é capaz de possibilitar momentos de interação, de partilha, onde se acolhe e respeita o SER do/a catequizando/a na sua totalidade? Qual a nossa postura como catequistas, diante de uma sociedade discriminatória e excludente?

Querido/as catequistas, agradecemos pelos catequistas discípulos missionários, DOM-GRAÇA, derramada sobre as nossas comunidades como expressão da fidelidade Daquele que vos chamou.

Pela Comissão, Ir. Zélia Maria Batista, CF.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

XIV Congresso Diocesano de Catequistas em Rio Paranaíba - MG





(imagens tiradas pelo catequista Eduardo Augusto - Paróquia São Pedro e São Paulo)

No dia 22 de agosto, realizou-se na Paróquia São Francisco das Chagas, em Rio Paranaíba - MG, o XIV Congresso Diocesano de Catequistas, com o tema “Iniciação Cristã: novo jeito de viver o Evangelho”, o qual contou com a presença de cerca de 1650 catequistas.

A catequese é uma vocação maravilhosa e gratuita a irradiar o Cristo ressuscitado. Após o café da manhã nos dirigimos ao Ginásio do Parque do Zarico. Fomos apresentados e recebemos as boas vindas por parte da direção.


O Congresso foi dirigido por padre Roberto, pároco da paróquia-sede, com a participação de padre Ademir, coordenador diocesano da catequese, além da presença de Dom Claudio, bispo diocesano, dos padres Juscelino, Marino, Ronaldo, Antônio Carlos, Diácono Marcelo, alguns seminaristas e religiosas.

As paróquias apresentaram os seus símbolos, que foram inspirados nas celebrações com os familiares dos catequizandos, e de acordo com as tendências atuais, é-nos impelida uma nova evangelização, Therezinha Cruz, catequista e escritora residente em Brasília, deu-nos como exemplo a evangelização que são Paulo realizou. Seguindo a ação evangelizadora de Jesus, ele se inseriu no meio do povo, olho a olho, e priorizou o essencial. Therezinha sente, todavia, a necessidade de uma catequese renovada.

Dom Claudio presidiu a celebração da santa Missa e aconselhando a todos a serem pessoas orantes, e que tudo deve ser aplainado através da obediência à fé (escutar, acolher e dizer). Pedindo para sermos Igreja a irradiar a Palavra que ilumina. “Obedece-se à palavra, escutando o silêncio”, afirmou. Foi um domingo recheado de orações, alegria e confraternização. Tivemos encenações e coreografias inspiradas na Palavra de Deus. O coral atraiu muita vibração.Todo batizado pode fazer catequese, e não apenas os catequistas. A Bíblia (a história do passado, para provocar o futuro) é o nosso manual.


Desejamos que o Congresso produza muitos frutos e que o Senhor conceda a todos nós o dom da sabedoria e o entendimento da verdade, para que possamos vivê-la e comunicá-la com prazer e audácia. Agradecemos de coração, a tudo e a todos. Voltamos para casa muito tocados.Catequistas, muito obrigado e parabéns pela sua missão.

Em 2011, o Congresso será realizado na paróquia São Sebastião, de Serra do Salitre-MG.

Fonte: FÁBIO GALVÃO - Agente da PASCOM de São Gotardo-MG, retirado do site da Diocese de Patos de Minas (http://www.diocesedepatosdeminas.org.br/asp/), com adptações da Catequese Paroquial - Paróquia São Pedro e São Paulo. Imagens Eduardo Augusto.

domingo, 1 de agosto de 2010

Despertar, acolher, orientar vocações



Por: DOM FREI DIAMANTINO PRATA DE CARVALHO, OFM-BISPO DA DIOCESE DA CAMPANHA(MG)

É tradição no mês de agosto chama-lo de mês vocacional. Convém refletir sobre o chamado que Deus nos fez. E como podemos ajudar adolescentes e jovens a despertar e acolher a vocação.


A vocação é dom que o Senhor faz à sua Igreja. Se tantos lamentam a escassez de vocações não é porque Deus abandonou o seu povo. Tampouco porque faltam pessoas imbuídas de nobres ideais. Talvez seja porque nós mesmos não vivemos o que idealizávamos nem praticamos o que prometemos. Falta-nos encantamento e entusiasmo.

A Diocese conta com uma boa equipe no Serviço de Animação Vocacional. A essas pessoas disponíveis e serviçais temos muito a agradecer. Porém, despertar, acolher e orientar vocacionáveis é tarefa de cada um de nós. Pois todos somos responsáveis pelo bem geral de nossa Igreja Particular. Não podemos nos fechar em nossa paróquia, como se fosse um gueto!

Muitos adolescentes e jovens podem nos procurar por motivos interesseiros, materialistas: O padre leva vida boa, ganha bem, tem carro e casa. Pode acontecer que é esse o exemplo que alguns de nós dão. Mas não deveria ser esse o nosso estilo. Temos que atrair pelo testemunho de entrega a Deus, pela dedicação ao ministério sacerdotal, pela acolhida fraterna às pessoas, especialmente aos pobres e fracos. Numa palavra, carecemos de constante conversão..


É preciso despertar para as outras vocações: para a vida familiar, religiosa, missionária e laical-ministerial. Porém, como afirmava o Papa ao longo do Ano Sacerdotal, o sacerdote é imprescindível na Igreja. O seu múnus dificilmente pode ser exercido por outras pessoas. Portanto, cada presbítero seja acolhedor e receptivo para com aqueles a cujo coração Deus confia o dom da vocação.


Somos todos também co-responsáveis pelo acompanhamento dos formandos, sobretudo aqueles que acolhem seminaristas, nos finais de semana ou nas férias. Os que perseverarem serão nossos irmãos de caminhada. É preciso tratá-los bem, desde o inicio.


Contudo, o mais importante é a oração de súplica ao Pai para que envie operários para a sua messe. A uma comunidade orante Deus jamais deixará sem bons servidores. A todos irmãos Presbíteros, votos de paz e plena realização pelo “Dia do Padre”!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Carta aos Catequistas do Brasil


Brasília-DF, 24 de junho de 2010.

Queridos/as Catequistas


Catequista, você é especial para Deus!
Sua VOCAÇÃO foi gestada no coração do Pai, para que
pudesse chegar aos corações dos seus filhos e filhas
com a mensagem da VIDA: Jesus Cristo.



O último domingo de agosto é o DIA DO CATEQUISTA. É com admiração, reconhecimento e gratidão que a Igreja celebra essa festividade. Celebrar o DIA DO CATEQUISTA é sempre uma GRAÇA, motivo de alegria e de reflexão mais profunda sobre o SER DO CATEQUISTA, sua vocação e missão na Igreja e sociedade. Sentimos ainda os “ECOS” e a chama da esperança que ardeu em nosso coração com a realização da Terceira Semana Brasileira de Catequese.


Sentimo-nos movidos pela força do Espírito, que nos chama e envia, pelas intuições e propostas do tema da Terceira Semana Brasileira de Catequese: “Iniciação à Vida Cristã”. Nesse Espírito, celebrar o dia do Catequista tem um significado especial, pois são vocês, catequistas, os protagonistas, aqueles que fazem com que o processo de um NOVO JEITO DE FAZER CATEQUESE seja possível. Portanto, confiamos em cada um de vocês, com seus dons partilhados, junto com as forças vivas de toda a Igreja, as comunidades, as pastorais, os movimentos, para que a iniciação à vida cristã seja possível.


Ao celebrar o DIA DO CATEQUISTA queremos refletir sobre a vocação do catequista, que é a vocação do Profeta - aquele/la que fala em nome de Deus e da comunidade a que pertence. A iniciativa sempre parte de Deus. O chamado a ser catequista não é algo pessoal, mas obra divina, graça. A missão do catequista está na raiz da palavra CATEQUESE, que vem do grego Katechein e quer dizer (fazer eco). Logo, catequista é aquele/la que se coloca a serviço da Palavra, que se faz instrumento para que a Palavra ecoe. O Senhor chama você para que, através da sua vida, da sua pessoa, da sua comunicação, a Palavra seja proclamada, Jesus Cristo seja anunciado e testemunhado.


Catequista, você não é só transmissor de idéias, conhecimentos, doutrina, pois sua experiência fundante está no ENCONTRO PESSOAL com a pessoa de Jesus Cristo. Essa experiência é comunicada pelo SER, SABER e SABER FAZER em comunidade (DNC 261).O ser e o saber do catequista sustentam-se numa espiritualidade da gratuidade, da confiança, da entrega, da certeza de que o SENHOR está presente, é fiel.


Catequista, você é especial para Deus! Sua VOCAÇÃO foi gestada no coração do Pai, para que pudesse chegar aos corações dos seus filhos e filhas com a mensagem da VIDA: Jesus Cristo. Sabemos das dificuldades que enfrenta para realizar a sua missão, mesmo assim teimosa e dedicadamente prossegue neste peregrinar de partilha, de despojamento e aprendizagens.


Isso demonstra que você cultiva uma profunda espiritualidade alicerçada na Palavra, nos sacramentos, na vida em comunidade. É a experiência do discípulo missionário que vai se configurando na sua trajetória de avanços, desafios e alegrias. É a pedagogia divina, que se concretiza na sua vida permeada de fragilidades e grandeza, medos e coragem, HUMANA e HUMANIZADORA.


É com a certeza da ação amorosa do Deus da Vida que você assume a missão de profeta que ouve o chamado de Deus: “Levanta-te e Vai à Grande Cidade (Jn 1,2). Seu anúncio é traduzido em atitudes proféticas que testemunham os valores evangélicos, é o SER DO CATEQUISTA partilhado na sua inteireza, no serviço generoso, para que o REINO aconteça.


Catequista, que a experiência do encontro com Jesus Cristo seja a força motivadora capaz de lhe trazer o encantamento por esse fascinante caminho de discipulado, cheio de desafios que o fazem crescer e acabam gerando profundas alegrias.


Catequista, nesse dia acolha o abraço de gratidão de milhares de pessoas, vidas agradecidas, pela sua presença na educação da fé de crianças, adolescentes, jovens e adultos. Em sua ação se traduz de uma forma única e original a vocação da Igreja-Mãe que cuida maternalmente dos filhos que gerou na fé pela ação do Espírito.


Querido/a Catequista, PARABÉNS! Que a Força da Palavra, continue a suscitar-lhe a fé e o compromisso missionário !


Que os sacramentos sejam a fonte inesgotável da misericórdia, da reconciliação, da justiça e do REENCANTAMENTO.


Que a comunidade continue sendo o referencial da experiência do Enconto com Cristo naqueles que sofrem, naqueles que buscam acolhida e necessitam ser “CUIDADOS”.


A benção amorosa do PAI, que cuida com carinho dos seus filhos e filhas, que um dia nos chamou a viver com alegria a vocação do discípulo missionário, esteja na sua vida, na vida da sua comunidade hoje e sempre.


Fraternalmente,

Dom Eugênio Rixen
Presidente da Comissão Para Animação Bíblico-Catequética

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Bola cheia e Bola murcha


Saudações catequéticas!
Em tempos de copa ando pensando em como utilizar esse tema pra Catequese, proporcionando algo dentro do nosso contexto.

Objetivos:
*Trazer a cada catequizando uma reflexão sobre si e suas ações cotidianas durante a semana;
*Valorizar as atitudes postitivas diante do próximo, possibilitando que cada um reconheça sua importância para a vida do irmão, fazendo o bem sem olhar a quem;
*Incentivar a atitude de perdão e compreensão diante do outro, a partir do reconhecimento que se pode melhorar sempre.

Materiais:
- Bexigas (o ideal são duas bexigas por pessoa, mas leve uma quantidade superior nunca se sabe se alguma está furada, vai estourar, etc) ;
- Adesivo para identificar as bexigas com o nome dos catequizandos (só as bolas murchas);
- Bolas cheias ou murchas pra decorar o ambiente (opcional).
- Pedaços de papel e canetas para os catequizandos;
- Aparelho de cd com música de fundo (minha sugestão é que seja uma música instrumental).

Desenvolvimento:
# Durante um momente de oração/reflexão, convide os catequizandos a pensarem em algo bom que fizeram durante a semana. Proporcione a eles a reflexão sobre a importância de ajudar e amar ao próximo mesmo em atitudes corriqueiras, em uma palavra de carinho, em atenção. Tente nesse momento resgatar a importância dele para o outro, valorizando as atitudes positivas que este tem, mesmo que não sejam reconhecidas, mas que o fizeram se sentir bem ao realizar.
# Entregue dois pedaços de papel e peça para que resumidamente cada catequizando escreva o que fez de bom em um dos papéis.
# Entregue uma bexiga e peça que coloquem o que escreveram dentro e a encham, amarrando-a ao final.
# A seguir leve a turma a refletir sobre alguma atitude que não foi legal. Algo que o catequizando fez durante a semana que prejudicou ou magoou alguém. Alguma palavra, atitude ou até mesmo omissão diante de algum fato. É interessante aproveitar esse momento para encaminhá-los a atitude de reconhecimento e perdão, de procurar o outro (se possível) e abrir-lhe o coração.
# Solicite que cada um escreva no outro pedaço de papel a atitude que não foi correta e coloque-o dentro da bexiga, amarrando-a e identificando-a com um adesivo, mas sem enchê-la. Assim, cada um vai ficar com uma "bola cheia" e uma "bola murcha".
# Espontaneamente peça que os catequizandos falem de suas "bloas cheias" e partilhe suas atitudes postitivas durante a semana. Depois que todos contarem a "bola cheia", peça que cada um fale sobre sua "bola murcha", mas não pressione os que não querem falar.
# Em seguida recolha as bolas murchas e guarde-as num envelope ou sacola, sempre trazendo pra turma a reflexão de quem ainda há tempo de mudar muitas atitudes incoerentes com o perdão.
# Deixe as bolas cheias espalhadas pela sala e ao final do encontro, termine pedindo que cada um estoure sua bola representando a alegria partilhada com a sua atitude "bola cheia".
# As "bolas murchas" recolhidas, deverão ser entregues na semana seguinte, para que a turma faça uma reflexão sobre o que mudou, se conseguiram superar o "erro" se puderam desculpar-se, perdoar ou pedir perdão.

P.S.: Essa dinâmica pode repetir-se inúmeras vezes durante o ano.
Esperamos que gostem,
Abraços fraternos,
Clécia e Sandra


domingo, 30 de maio de 2010

O sentido da celebração de Corpus Christi- Origem da solenidade


1. O sentido da celebração


Na quinta-feira, após a solenidade da Santíssima Trindade, a Igreja celebra devotamente a solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, festa comumente chamada de Corpus Christi. A motivação litúrgica para tal festa é, indubitavelmente, o louvor merecido à Eucaristia, fonte de vida da Igreja. Desde o princípio de sua história, a Igreja devota à Eucaristia um zelo especial, pois reconhece neste sinal sacramental o próprio Jesus, que continua presente, vivo e atuante em meio às comunidades cristãs. Celebrar Corpus Christi significa fazer memória solene da entrega que Jesus fez de sua própria carne e sangue, para a vida da Igreja, e comprometer-nos com a missão de levar esta Boa Nova para todas as pessoas.


Poderíamos perguntar se na Quinta-Feira Santa a Igreja já não faz esta memória da Eucaristia. Claro que sim! Mas na solenidade de Corpus Christi estão presentes outros fatores que justificam sua existência no calendário litúrgico anual. Em primeiro lugar, no tríduo pascal não é possível uma celebração festiva e alegre da Eucaristia. Em segundo lugar, a festa de Corpus Christi quer ser uma manifestação pública de fé na Eucaristia. Por isso o costume geral de fazer a procissão pelas ruas da cidade. Enfim, na solenidade de Corpus Christi, além da dimensão litúrgica, está presente o dado afetivo da devoção eucarística. O Povo de Deus encontra nesta data a possibilidade de manifestar seus sentimentos diante do Cristo que caminha no meio do Povo.



2. Origem da solenidade
Na origem da festa de Corpus Christi estão presentes dados de diversas significações. Na Idade Média, o costume que invadiu a liturgia católica de celebrar a missa com as costas voltadas para o povo, foi criando certo mistério em torno da Ceia Eucarística. Todos queriam saber o que acontecia no altar, entre o padre e a hóstia. Para evitar interpretações de ordem mágica e sobrenatural da liturgia, a Igreja foi introduzindo o costume de elevar as partículas consagradas para que os fiéis pudessem olhá-la. Este gesto foi testemunhado pela primeira vez em Paris, no ano de 1200.
Entretanto, foram as visões de uma freira agostiniana, chamada Juliana, que historicamente deram início ao movimento de valorização da exposição do Santíssimo Sacramento. Em 1209, na diocese de Liége, na Bélgica, essa religiosa começa ter visões eucarísticas, que se vão suceder por um período de quase trinta anos. Nas suas visões ela via um disco lunar com uma grande mancha negra no centro. Esta lacuna foi entendida como a ausência de uma festa que celebrasse festivamente o sacramento da Eucaristia.
3. Nasce a festa do Corpus Christi
Quando as idéias de Juliana chegaram ao bispo, ele acabou por acatá-las, e em 1246, na sua diocese, celebra-se pela primeira vez uma festa do Corpo de Cristo. Seja coincidência ou providência, o bispo de Juliana vem a tornar-se o Papa Urbano IV, que estende a festa de Corpus Christi para toda Igreja, no ano de 1264.
Mas a difusão desta festa litúrgica só será completa no pontificado de Clemente V, que reafirma sua significação no Concilio de Viena (1311-1313). Alguns anos depois, em 1317, o Papa João XXII confirma o costume de fazer uma procissão, pelas vias da cidade, com o Corpo Eucarístico de Jesus, costume testemunhado desde 1274 em algumas dioceses da Alemanha.

O Concílio de Trento (1545-1563) vai insistir na exposição pública da Eucaristia, tornando obrigatória a procissão pelas ruas da cidade. Este gesto, além de manifestar publicamente a fé no Cristo Eucarístico, era uma forma de lutar contra a tese protestante, que negava a presença real de Cristo na hóstia consagrada.
Atualmente a Igreja conserva a festa de Corpus Christi como momento litúrgico e devocional do Povo de Deus. O Código de Direito Canônico confirma a validade das exposições publicas da Eucaristia e diz que ·principalmente na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, haja procissão pelas vias públicas· (cân. 944).
4. A celebração do Corpo de Cristo
Santo Tomás de Aquino, o chamado doutor angélico, destacava três aspectos teológicos centrais do sacramento da Eucaristia. Primeiro, a Eucaristia faz o memorial de Jesus Cristo, que passou no meio dos homens fazendo o bem (passado). Depois, a Eucaristia celebra a unidade fundamental entre Cristo com sua Igreja e com todos os homens de boa vontade (presente). Enfim, a Eucaristia prefigura nossa união definitiva e plena com Cristo, no Reino dos Céus (futuro).
A Igreja, ao celebrar este mistério, revive estas três dimensões do sacramento. Por isso envolve com muita solenidade a festa do Corpo de Cristo. Não raro, o dia de Corpus Christi é um dia de liturgia solene e participada por um número considerável de fiéis (sobretudo nos lugares onde este dia é feriado). As leituras evangélicas deste dia lembram-nos a promessa da Eucaristia como Pão do Céu (Jo 6, 51-59 - ano A), a última Ceia e a instituição da Eucaristia (Mc 14, 12-16.22-26 - ano B) e a multiplicação dos pães para os famintos (Lc 9,11b-17 - ano C).
5. A devoção popular
Porém, precisamos destacar que muito mais do que uma festa litúrgica, a Solenidade de Corpus Christi assume um caráter devocional popular. O momento ápice da festa é certamente a procissão pelas ruas da cidade, momento em que os fiéis podem pedir as bênçãos de Jesus Eucarístico para suas casas e famílias. O costume de enfeitar as ruas com tapetes de serragem, flores e outros materiais, formando um mosaico multicor, ainda é muito comum em vários lugares. Algumas cidades tornam-se atração turística neste dia, devido à beleza e expressividade de seus tapetes. Ainda é possível encontrar cristãos que enfeitam suas casas com altares ornamentados para saudar o Santíssimo, que passa por aquela rua.
A procissão de Corpus Christi conheceu seu apogeu no período barroco. O estilo da procissão adotado no Brasil veio de Portugal, e carrega um estilo popular muito característico. Geralmente a festa termina com uma concentração em algum ambiente público, onde é dada a solene bênção do Santíssimo. Nos ambientes urbanos, apesar das dificuldades estruturais, as comunidades continuam expressando sua fé Eucarística, adaptando ao contexto urbano a visibilidade pública da Eucaristia. O importante é valorizar este momento afetivo da vida dos fiéis.
Evaldo César de Souza, C.Ss.R

sexta-feira, 28 de maio de 2010

“Não semeeis descuidosamente apenas para cumprir uma missão.Semeie com fé, amor, fidelidade, interesse, com atenção,como quem encontra nisso o motivo."

Essa mensagem me foi passada pela pastoral do dízimo, mas achei bem propícia pra refletirmos sobre nossa ação na catequese, sobre a pessoa do catequista. Quantas vezes na catequese não fazemos as coisas sem “entusiasmo”, quantas vezes não catequizamos sem ardor, sem paixão?“Não semeeis descuidosamente apenas para cumprir uma missão”. Isso é uma verdade e deve falar ao nosso coração, pois quando a catequese torna-se uma rotina, algo que preciso cumprir, ela vai perdendo sua essência e caímos no desânimo.


Às vezes nós catequistas estamos preocupados em querer ver logo os frutos de nossa catequese, mostrando assim a nossa eficiência e não enxergamos os pequenos resultados e angustiados nos perguntamos: “Vale a pena continuar semeando?”


Nesse Domingo Jesus nos dá essa resposta, essa palavra que nos motiva.

Após ter semeado, o que nos resta fazer?
Ser paciente e perseverar… SEMEAR E SABER ESPERAR…
confiando plenamente que o que foi feito, não foi em vão.
Depois de anunciada, a Palavra penetra nas mentes e nos corações,
e quem já a escutou nunca mais consegue permanecer o mesmo.
O tempo da colheita virá, mas só Deus sabe o dia e a hora.

Ninguém pode apressar o Reino de Deus.
O Reino de Deus é uma pequena semente.

Somos convidados a continuar semeando com fé e confiança.
- Vale a pena semear!... Só assim poderemos colher!...


terça-feira, 25 de maio de 2010

Catequista: Faça seu cadastro!



Postado por Capela de Santo Antônio at sábado, 17 de outubro de 2009
A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) está promovendo o Cadastro dos que atuam na Pastoral da Catequese:


“No Ano Catequético Nacional estamos lançando o cadastro dos catequistas com a finalidade de obter dados concretos sobre os/as catequistas, no Brasil: quantos são, onde estão, o que fazem, a quem estão atingindo com a sua presença evangelizadora. Isso tudo, porque ainda não temos um banco de dados da catequese, que possa contribuir na dinamização do nosso trabalho. A partir das informações obtidas teremos condições de elaborar nossos projetos com maior aproveitamento, pois partimos de uma realidade concreta.
É importante que VOCÊ, CATEQUISTA, faça seu CADASTRO, na certeza de que está contribuindo para o crescimento do saber catequético em vista de uma catequese que forma para o DISCIPULADO. ”


Para melhor informar aos catequistas locais, e evitar erros, vamos explicar cada quesito do cadastro:
- PARÓQUIA: Cite o nome da sua Paróquia (Exemplo: São José, Santa Luzia, São João Batista etc…)
- REGIONAL: Para os catequistas que atuam na Diocese de Mossoró, selecione “Nordeste 2”
- (ARQUI) DIOCESE: A nossa é a Diocese de Santa Luzia
- NOME até o E-MAIL: Informações pessoais que não poderão deixar de serem preenchidas
- QUESTIONÁRIO: Dados que informam sobre sua caminhada na Pastoral da Catequese
Qualquer dúvida, procure o seu coordenador ou nos envie que estaremos dispostos a lhe ajudar.

Clique abaixo e, você que é catequista, faça seu cadastro:

http://www.cnbb.org.br/catequista/


Catequista incondicional


Se há uma coisa que me entristece na nossa Igreja é ver pessoas colocando condições para o serviço à Deus. São coisas como “eu só vou participar se fizer tal coisa”, “eu só fico na catequese se eu ficar com fulano”, “eu só dou catequese se for com tal turma”. Essas coisas me entristecem e me revoltam porque essas pessoas não têm nenhuma noção do amor de Deus para nós. Por isso vai aqui mais do que uma reflexão, vai um desabafo...


Caríssimos, entendamos o seguinte: Deus nunca pediu, não pede e nunca pedirá nada em troca do amor que Ele nos dá. Ele não se preocupa nem se você o ama de verdade, Ele ama incondicionalmente qualquer criatura que ele tenha criado, principalmente o ser humano. Criou tudo na terra para o homem, aí o que o homem faz? O homem nega à Deus, desobedece, peca, cai no pecado e sai de presença de Deus. Aí então vive errante buscando preencher o vazio que ficou em seu coração depois que Deus saiu de sua vida. Deus então resgata o homem se fazendo humano para ensiná-lo a ser divino e nos dá como herança a Igreja por meio do Espírito Santo para ser vivida em comunidade.


Nos chama para o serviço, nos mostra que o caminho para o céu passa pelo serviço ao reino e aí o que homem faz de novo? Começa a se perder achando que é a figura central da evangelização, acreditando que é condição “sine qua non” para tudo. Nós não podemos achar “que sem mim, nada podeis fazer”. Isso é uma blasfêmia das grandes que muitas pessoas cometem. O problema é que é comum, observe que quando as pessoas fazem promessa, parecem estar negociando com Deus algo que Ele precise com algo que você precise e agora é hora de fazer uma troca. Perceba ainda que você está em vantagem na negociação, porque Deus sempre tem que cumprir a parte dele primeiro, pra depois você cumprir a sua. Isso é absurdo, estamos nos colocando numa posição que não é nossa de direito.


Deus não atenderá os nossos pedidos por meio de promessas, Ele não se alegrará conosco quando nos vangloriamos por nós mesmos. Deus nos atenderá a medida que merecemos e que temos maturidade espiritual para receber. Deus se alegra quando nos gloriamos nos Senhor (Cf. 1 Cor 1,31) e só temos a importância que temos porque Deus “QUER” precisar de nós. Quem somos nós para acharmos que Deus precisa de nós para ser deus. Ele é Deus porque é Deus e não depende de nós para isso. É muita presunção, prepotência e egoísmo nosso achar que Deus precise de mim ou de você pra alguma coisa. É absurdo colocar obstáculos entre nós e Deus por meio de condições, parecendo criança mimada que bate o pé e só faz o que o pai pede depois que ganha um doce. Quem faz isso ainda não entendeu o processo da Graça, não entendeu o Projeto Divino e não sabe imitar Jesus.


Nós estamos aqui para nos pôr em serviço, seja qual for, desde limpar o chão até estar ao lado do sacerdote no altar. E nenhum serviço é mais ou menos importante, todos nós formamos o corpo que se une com a cabeça que é Cristo. Agora, como o próprio São Paulo dizia, se a perna quiser ser braço, porque não acha digno ser perna, ou se o braço quer ser pescoço, para estar mais próximo da cabeça ou coisas parecida, nós nunca seremos um corpo perfeito.


Então caríssimos, se coloque à disposição naquilo que Deus te chama e não coloque condições para esse serviço. Seja incondicional e lembre-se: “Somos servos inúteis, fizemos o que devíamos fazer” (Lc 17,10)


Pense nisso!


Por: FERNANDO LOPESArquidiocese de Cuiabá - MTCoord.Pastoral da Catequese / Ministro Extraordinário da Palavra de Deus / Ministro Extraordinário da Comunhão EucarísticaEmail: fernandocatequese@terra.com.br

PENTECOSTES: ser inteiro para acolher o Dom do Amor

É interessante como o tempo todo estamos em marcha à procura da Paz. Nossa história, nossas escolhas, enfim, toda a nossa vida andam no compasso desta procura. Não precisamos ir muito longe para percebermos que não raras são as vezes que sofremos uma espécie de divisão e guerra interior. Neste sentido, encontramos uma cena no Evangelho de João, que se atento formos aos detalhes nos revela muito deste estado que ora ou outra nos encontramos.

Naquele fim de tarde estavam todos reunidos no Cenáculo às portas fechadas pois era grande o temor. Estavam consolados pelas aparições do Bom Mestre que havia ressuscitado, todavia, ainda revelavam uma guerra interior, pois os corações ainda eram visitados pela inquietação e pelo medo. E embora a vocação traduzisse sede de missão e a esperança os saciasse, os últimos acontecimentos, entretanto, lhes deixavam fragmentados e divididos interiormente. Faltava-lhes a paz, a paz de coração. E foi justamente na ausência dela é que Jesus veio e lhes disse: “A paz esteja convosco!” (Jo 20, 19b). Aqui entra o cerne da nossa reflexão, que aliás, alguns de nós no início pode ter se perguntado o que a Paz tem em comum com o Pentecostes, o derramamento do Espírito Santo sobre a Igreja. É que realmente faltava aos discípulos a paz, repito a paz de coração.

Gosto sempre de explorar o universo das palavras, porque acredito que elas nos sugerem uma gama de significados acerca das coisas. E etimologicamente, por exemplo, o significado mais profundo da paz, conhecida também como Shalom, não é ausência de guerra ou violência como acreditamos. Em hebraico a palavra SHALOM, traduzida para nós como paz, significa “estar inteiro”, completo, indiviso. Isso é muito e revelador, porque a partir desta compreensão, concluímos que muitos de nós não estamos em paz, porque não estamos inteiros. Para alcançarmos a paz paz em nossos espaços, em nosso coração, em nossa família em nossa comunidade e vocação, é preciso portanto que cada um esteja inteiro.

Quando Jesus diz “A Paz esteja convosco!”, o Autor Sagrado detalha que a alegria é ressuscitada na vida daqueles discípulos. Eles parecem entender bem o desejo do Bom Mestre traduzido como: “Estejais inteiros! Sejais em tudo inteiros!” É fascinante minha gente trilharmos o caminho da inteireza porque é ela que nos prepara para a missão. “Disse-lhes outra vez: A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós” (Jo 21, 21). Há uma beleza escondida neste versículo, que nos revela que não é possível viver bem aquilo que Deus tem amorosamente nos confiado, se estamos inquietos, sem paz no coração, de algum modo aflitos ou divididos. A regra para viver bem uma vocação seja ela qual for é estar inteiro para ser todo inteiro nela.

Ainda no contexto do Cenáculo encontramos um outro rico detalhe: “Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo”(Jo 21, 22). É na inteireza do nosso coração que Deus derrama o Dom do seu Amor,(Jo 21, 21) nos oferecendo deste modo a condição de vivermos bem aquilo para o qual Ele nos chama. Ao caminhar para o PENTECOSTES precisamos estar inteiros para acolher o Dom do Amor. De fato, quando nos dispomos dos pequenos aos grandes gestos sermos inteiros, este dom que é o próprio Espírito Santo vem em nosso auxílio para perseverarmos e crescermos nesta inteireza tal como os discípulos cresceram após o terem recebido. Sejamos inteiros, vivamos em paz e Amor em nosso socorro virá!

Por: Jerônimo LauricioMissionário e Seminarista da Comunidade Canção Nova. Bacharel em FilosofiaSite: www.jeronimolauricio.com"Nao sou nada, senão apenas um instrumento, um pequeno lápis nas mãos do meu Senhor, com o qual Ele escreve aquilo que deseja. E agora Ele está a escrever em minha vocação um canto novo, uma CANÇÃO NOVA."

sexta-feira, 19 de março de 2010

Quaresma - Tempo de Conversão!!!!

Caça Palavras

Oi querido(a) catequizando(a)!!!!

Cristo ressuscitado enviou seu Espírito Santo sobre os apóstolos e eles, com muita coragem e alegria, saíram espalhando a Boa Nova a todos os povos.

Descubra na figura abaixo os nomes dos apóstolos de Cristo. E lembre-se:

Cristo não o quer como vagão, e sim como Locomotiva!!!


quinta-feira, 18 de março de 2010

Papai , o que é Páscoa?


Apenas uma história, mas parece de fato acontecido, quando a coisa aperta, joga-se a batata-quente para o catequista...

Papai , o que é Páscoa?


- Ora, Páscoa é ...... bem ...... é uma festa religiosa!
- Igual Natal?
- É parecido. Só que no Natal comemora-se o nascimento de Jesus, e na Páscoa, se não me engano, comemora-se a sua ressurreição.
- Ressurreição?
- É, ressurreição. Marta, vem cá!
- Sim?
- Explica pra esse garoto o que é ressurreição pra eu poder ler o meu jornal.
- Bom, meu filho, ressurreição é tornar a viver após ter morrido. Foi o que aconteceu com Jesus, três dias depois de ter sido crucificado. Ele ressuscitou e subiu aos céus. Entendeu?
- Mais ou menos ....... Mamãe, Jesus era um coelho?
- Que é isso menino? Não me fale uma bobagem dessas! Coelho! Jesus Cristo é o Papai do Céu! Nem parece que esse menino foi batizado! Jorge,esse menino não pode crescer desse jeito, sem ir numa missa pelo menos aos domingos. Até parece que não lhe demos uma educação cristã! Já pensou se ele solta uma besteira dessas na escola? Deus me perdoe! Amanhã mesmo vou matricular esse moleque no catecismo!
- Mamãe, mas o Papai do Céu não é Deus?
- É filho, Jesus e Deus são a mesma coisa. Você vai estudar isso no catecismo. É a Trindade. Deus é Pai, Filho e Espírito Santo.
- O Espírito Santo também é Deus?
- É sim.
- E Minas Gerais?
- Sacrilégio!!!
- É por isso que a Ilha da Trindade fica perto do Espírito Santo?
- Não é o Estado do Espírito Santo que compõe a Trindade, meu filho,é o Espírito Santo de Deus. É um negócio meio complicado, nem a mamãe entende direito. Mas se você perguntar no catecismo a professora explica tudinho!
- Bom, se Jesus não é um coelho, quem é o coelho da Páscoa?
- Eu sei lá! É uma tradição. É igual a Papai Noel, só que ao invés de presente ele traz ovinhos.
- Coelho bota ovo?
- Chega! Deixa eu ir fazer o almoço que eu ganho mais!
- Papai, não era melhor que fosse galinha da Páscoa?
- Era, era melhor, ou então urubu.
- Papai, Jesus nasceu no dia 25 de dezembro, né? Que dia que ele morreu?
- Isso eu sei: na sexta-feira santa.
- Que dia e que mês?
- ??????? Sabe que eu nunca pensei nisso? Eu só aprendi que ele morreu na sexta-feira santa e ressuscitou três dias depois, no sábado de aleluia.
- Um dia depois.
- Não, três dias.
- Então morreu na quarta-feira.
- Não, morreu na sexta-feira santa ....... ou terá sido na quarta-feira de cinzas? Ah, garoto, vê se não me confunde! Morreu na sexta mesmo e ressuscitou no sábado, três dias depois! Como? Pergunte à sua professora de catecismo!
- Papai, por que amarraram um monte de bonecos de pano lá na rua?
- É que hoje é sábado de aleluia, e o pessoal vai fazer a malhação do Judas. Judas foi o apóstolo que traiu Jesus.
- O Judas traiu Jesus no sábado?
- Claro que não! Se ele morreu na sexta!
- Então por que eles não malham o Judas no dia certo?
- É, boa pergunta.
- Papai, qual era o sobrenome de Jesus?
- Cristo. Jesus Cristo.
- Só?
- Que eu saiba sim, por quê?
- Não sei não, mas tenho um palpite de que o nome dele era Jesus Cristo Coelho. Só assim esse negócio de coelho da Páscoa faz sentido, não acha?
- Coitada!
- Coitada de quem?
- Da sua professora de catecismo!!!




(Luís Fernando Veríssimo)

* Fonte.: Blog - http://www.amandoacatequese.blogspot.com/

Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010


Explicação do Cartaz:


As mãos em súplica diante de uma vela feita de dinheiro revelam o drama do ser humano que precisa de bens materiais para sobreviver, mas que pode também tornar-se escravo da ganância. Aquelas mãos dirigem uma súplica a Deus ou ao dinheiro? É luz divina que ilumina ou é o cintilar das moedas que atrai? O dinheiro é necessário, afinal precisamos comprar alimentos, roupa, cuidar da saúde, manter os filhos no colégio, pagar moradia e ter momentos de lazer. O cintilar do ouro e das moedas, porém se mistura facilmente com a ambição e o desamor. Podemos nos tornar escravos dos bens materiais e depositar neles a nossa segurança. Podemos viver acumulando dinheiro e propriedades como se deles dependesse a nossa vida, esquecendo que há crianças abandonadas, pessoas famintas e doentes. O cartaz nos convida ao desapego aos bens materiais, a pôr nossa confiança em Deus, contribuindo com nosso trabalho para a construção de um mundo mais justo e solidário.


Oração da Campanha da Fraternidade 2010


Tema: "ECONOMIA E VIDA.
"Lema: "Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro." Mt 6,24


Ó Deus criador, do qual tudo nos vem, nós te louvamos pela beleza e perfeição de tudo que existe como dádiva gratuita para a vida.


Nesta Campanha da Fraternidade Ecumênica, acolhemos a graça da unidadee da conivência fraterna, aprendendo a ser fiéis ao Evangelho.


Ilumina, ó Deus, nossas mentes para compreender que a boa nova que vem de ti é amor, compromisso e partilha entre todos nós, teus filhos e filhas.


Reconhecemos nossos pecados de omissão diante das injustiças que causam exclusão social e miséria.


Pedimos por todas as pessoas que trabalham na promoção do bem comum e na condução de uma economia a serviço da vida.


Guiados pelo teu Espírito, queremos viver o serviço e a comunhão, promovendo uma economia fraterna e solidária, para que a nossa sociedade acolha a vinda do teu reino.


Por Cristo, nosso Senhor.


Amém.

Quaresma – tempo de reformas e construção!




Um novo tempo se descortina no cenário da Igreja nestes dias. Quando paramos pra pensar um pouco a respeito da QUARESMA, logo notamos a riqueza desse tempo litúrgico. Aliás, também percebemos a grande possibilidade que temos de restabelecermos nossa relação com Deus e com o “outro de mim”.

Gosto de pensar que a Quaresma é um tempo singular, no qual deitamos no chão da existência humana e levantamo-nos mais devolvidos, uma vez que havia muitas partes de nós esparramadas, caídas por aí, levadas pela miséria do pecado… Essa dinâmica do deitar-se no chão e levantar-se outro, nos ajuda a viver com sacralidade o rito litúrgico das cinzas. Revela nossas fragilidades e limitações, ao passo que também nos põe de pé, levando-nos a acreditar que ainda vale a pena ir adiante; levando-nos também a compreender que estamos em construção, que estamos em reforma. E que nesta reforma é Deus mesmo quem “tira a primeira pedra”. Ele nunca atira. Deus não sabe atirar… Prefere tirar… Devolvendo-nos a nós mesmo a cada dia, surpreendendo-nos com medidas que não merecemos.

Quaresma, é portanto, esta oportunidade bonita de experimentar em nosso ritmo de vida 40 dias para nos reformarmos, refazermos e observarmos a qualidade dos passos que temos dados rumo à conversão e santidade. Tenho aprendido que a partir desta compreensão, fica claro também que como disicípulos caminhamos no embalo daquele mesmo movimento do Bom Mestre, que jejuou e inclinou-se em oração por 40 dias. Pois bem, é esta a espiritualidade da Quaresma. Todavia, como é próprio deste tempo não queiramos fazer da penitência, das orações, jejuns e tantas outras práticas como um fim em si mesmas. Ao contrário, do mesmo modo que foi para o Cristo, elas também são para nós instrumentos, alicerces que solidificam a construção da nossa salvação. Nesta linda caminhada de 40 dias, deixemos que o Espírito Santo também seja nosso Bom Companheiro de estrada, do mesmo modo que foi para o Cristo. Caminhemos firmes, pois o ápice desta caminhada é justamente o terceiro dia no romper da Páscoa.

Seu irmão, Jerônimo Lauricio.
Por: Jerônimo Lauricio
Missionário e Seminarista da Comunidade Canção Nova.
Bacharel em Filosofia
Site: www.jeronimolauricio.com

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Desafios para o ministério do Catequista



“Adormeci e sonhei que a vida era alegria; despertei e vi que a vida
era serviço; servi e vi que o serviço era alegria” (R. Tagore).



Um dos maiores problemas enfrentados pela catequese hoje é a formação permanente.
Muitos não participam ativamente, inserindo-se na comunidade e em comunhão com a Igreja que conferiu o mandato de catequista. A conseqüência da falta de compromisso com a formação continuada será a educação de cristãos desvinculados da vida e da comunidade, para uma prática descompromissada e individualista.


Além da problemática da formação, encontramos diversas realidades que a catequese se depara:

* Crianças e jovens que encontraram na família um ambiente propício para a iniciação cristã e
outras não.
* Catequizandos que foram iniciados aos sacramentos, mas não foram devidamente iniciados
à vida comunitária.
* Diversidade quanto à realidade vivida pelos catequizandos.
* Famílias em situações irregulares diante das leis da Igreja.
* Pessoas cada vez mais sedentas de Deus e de um caminho de fé.
* Pluralidade de religiões e seitas numa sociedade cada vez mais global e excludente.
* Grande rotatividade de catequistas.
* Faltam catequistas preparados para o ministério na Igreja.
* Falta de um maior conhecimento bíblico e teológico.



É muito comum ouvir nas ruas que as pessoas não querem compromisso. Mas isto vira filme de terror, quando ouvimos da boca de um catequista: “se for pra exigir algo mais sério eu desisto de ser catequista!”. Se for um trabalho que exige tempo, disponibilidade e perseverança as pessoas e até os catequistas tentam dar um jeitinho para saírem de fininho. Não querem, não gostam, não se sentem autenticamente motivados.

Numa conversa bastante franca pode-se dizer que não é só a catequese que empenha sacrifício, capacidade para aprender e uma boa dose de motivação. Tudo na vida requer isso, inclusive o trabalho e o casamento. Será que as pessoas estão realmente conscientes disso? Muitos fazem suas opções sem terem consciência das conseqüências de suas escolhas.

A maioria das pessoas hoje quer optar por uma vida fácil, descomprometida e sem muita dor de cabeça. Será que a nossa fé cristã admite sustentar uma visão dessas? Ser cristão, não só de nome, implica em assumir pra valer o mesmo caminho de Jesus, um caminho que dá sentido à vida, que traz felicidade, mas que tem as suas renúncias, que requer doação, discernimento e coragem. Só quem ama verdadeiramente, está disposto a correr todos os riscos para oferecer maior qualidade de vida para os outros. Isto fez Jesus: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos” (Jo 15,13). Quem não segue este mesmo caminho, trai a sua fé e engana a si próprio num caminho de aparências e desventuras.

Em meio aos desafios, as Diretrizes Gerais para a Catequese já apontam para a catequese como uma ação prioritária na Igreja: “a formação catequética é prioridade absoluta, e qualquer atividade pastoral que não conte para a sua realização, com pessoas realmente formadas e preparadas, coloca em risco a sua qualidade” (DGC 234).

O ministério do catequista não pode ser de modo algum uma atividade improvisada, espontânea e momentânea. Para responder aos desafios faz-se necessário elencar alguns critérios importantes para ser catequista na Igreja:

> Ser jovem (acima de 15 anos) ou adulto, que tenha recebido os sacramentos de iniciação cristã.
>Alguém que tenha passado por uma formação inicial para ser catequista.
> Uma pessoa bem integrada consigo mesma, equilibrada em sua afetividade e sexualidade.
> Seja uma pessoa aberta e disponível para viver a comunhão com os demais membros da
comunidade que atuam em pastorais, movimentos e ministérios na Igreja.
> Tenha discernimento e boa conduta, habilidade para corrigir e humildade para servir.
> Saiba exercitar a paciência, por meio do respeito e da tolerância ao diferente.
> Seja uma pessoa alegre, com coração de discípulo para aprender e um místico para
experimentar a presença de Deus pela oração.
> Seja membro ativo de sua comunidade, que participa e celebra a sua fé, testemunha a
caridade e a esperança.
> Seja um pessoa de fácil convivência, de bom relacionamento e bonita amizade com os
demais catequistas.
> Saiba acolher os catequizandos e conviver com a diferença, sem perder sua identidade de pessoa, cristão e ministro da Igreja.
> Esteja aberto e atento à formação permanente, para crescer cada dia a mais no discipulado missionário de Jesus.
> Tenha grande estima pela catequese, deixando transparecer sua paixão pela catequese no anúncio-testemunho da Palavra de Deus.




Fonte: http://www.arquidiocese-pa.org.br/sistema_docs/um.pdf

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O Saber do Catequista: preparar-se para servir



O Diretório Nacional de Catequese (DNC) cita estas palavras do DGC quando fala da importância da formação inicial e permanente de catequistas, tendo em vista o exercício de sua missão (ver DNC, nº 252).


A formação de catequistas é um instrumento valioso na preparação de pessoas para o ministério catequético, pois lhes dá segurança no anúncio do Evangelho. Além disso, o/a catequista cresce e se realiza como pessoa, assumindo sua missão com alegria e satisfação. A qualidade de sua ação pastoral também é aprimorada, dinamizando suas atividades.


É por isso que muitas/os catequistas estão participando das Escolas Bíblico-Catequéticas regionais, diocesanas e paroquiais. Também temos cursos de pós-graduação na área catequética em algumas partes de nosso país, onde várias pessoas aprofundam seus conhecimentos. Isto revela o amor e a dedicação de milhares de catequistas que generosamente investem tempo e dinheiro para melhor servir o Povo de Deus.


O DGC insiste em três aspectos do conhecimento que são importantes no exercício do ministério catequético: 1. a mensagem a ser transmitida; 2. o interlocutor que recebe a mensagem; 3. o contexto social em que vivemos.



A mensagem

“A mensagem é mais que doutrina, pois ela não se limita a propor idéias. A mensagem é vida” (João Paulo II, citado no DNC 97). A mensagem catequética faz ecoar a mensagem de Jesus, que nos comunicou o mistério da Santíssima Trindade, Deus-Comunhão(ver DNC 100). O centro da mensagem catequética é anunciar que “a salvação é oferecida a todas as pessoas, como dom da graça e da misericórdia de Deus” (Paulo VI, Evangelii Nuntiandi 27a).


O DNC nos apresenta alguns critérios para anunciar esta mensagem: Em primeiro lugar está a centralidade da pessoa de Jesus Cristo, depois vem a valorização da dignidade humana, o anúncio da Boa Nova do Reino de Deus, o caráter eclesial da mensagem, a exigência da inculturação e, por fim, a hierarquia das verdades da fé (ver DNC 105). Importante ressaltar que a fonte da mensagem a ser anunciada encontra-se na Palavra de Deus transmitida na Tradição e na Escritura. “A Igreja quer que em todo ministério da Palavra, a Sagrada Escritura tenha uma posição pró-eminente” (DGC 127).



O interlocutor


Em vez de falar de “destinatário”, o DNC prefere usar “interlocutor”, já que o catequizando interage no processo catequético (ver DNC, cap. 6). Além de levar em consideração as diferentes etapas da vida humana (idosa, adulta, juvenil, adolescente, infantil), faz-se necessário não esquecer a catequese na diversidade, que inclui os grupos indígenas, afro-brasileiros, as pessoas com deficiência, os marginalizados e excluídos, as pessoas em situações canonicamente irregulares. Ainda devem ser tidos em conta os grupos diferenciados (profissionais liberais, artistas, universitários, migrantes...), os diversos ambientes (rural e urbano), o contexto sócio-religioso (pluralismo cultural e religioso, a religiosidade popular, o ecumenismo, o diálogo inter-religioso, os recentes movimentos religiosos), e o contexto sócio-cultural (inculturação, comunicação e linguagem) para que possamos alcançar a todos.



O contexto social


O parágrafo 86 do DNC cita a Constituição do Vaticano II, Gaudium et Spes 1: “as alegrias e esperanças, as tristezas e angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo”. Portanto, a vida humana e tudo aquilo que a envolve faz parte do anúncio catequético, que não pode ignorar o mundo em que vivemos.



O que um/a catequista precisa conhecer?


Levando em consideração a mensagem, o interlocutor e o contexto social, o DNC (nº 269) apresenta os conteúdos que um/a catequista precisa conhecer para desempenhar com qualidade e segurança seu ministério:

a) a Palavra de Deus, fonte da catequese: “A Sagrada Escritura deverá ser a alma da formação”;

b) o núcleo básico da nossa fé: as quatro colunas (credo, sacramentos, mandamentos/bem-aventuranças, pai-nosso);

c) as ciências humanas, de modo especial um pouco de pedagogia e psicologia;

d) o Catecismo da Igreja e os documentos catequéticos (Catequese Renovada, Catechesi Tradendae, DGC, DNC...);

e) a pluralidade cultural e religiosa: educação para o diálogo com o diferente;

f) os acontecimentos da história: descoberta dos sinais e dos desígnios de Deus;

g) a realidade local: história, festas e desafios do lugar em que se vive;

h) os fundamentos teológicos da ação pastoral: rosto misericordioso, profético, ministerial, comunitário, ecumênico, celebrativo e missionário.

O saber não é algo isolado, mas está em estreita conexão com o ser (pessoa) e o saber fazer (metodologia) do catequista.


Um/a catequista bem preparado/a será capaz de formar discípulos de Jesus comprometidos com a causa do Evangelho e do Reino: vida plena para todos. Isto inclui todas as dimensões da vida humana, que precisam ser fecundadas pela semente do Evangelho. A formação é o espaço que temos para nos tornar “adultos na fé rumo à maturidade em Cristo”.


Pe. Videlson Teles de Meneses
Fonte: CNBB


Texto fornecido pelo site http://www.catequisar.com.br/

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

CATEQUISTA, ESTÁ NA HORA DE NOS CONHECERMOS. FAÇA SEU CADASTRO NO SITE DA CNBB.


No Ano Catequético Nacional estamos lançando o cadastro dos catequistas com a finalidade de obter dados concretos sobre os/as catequistas, no Brasil: quantos são, onde estão, o que fazem, a quem estão atingindo com a sua presença evangelizadora. Isso tudo, porque ainda não temos um banco de dados da catequese, que possa contribuir na dinamização do nosso trabalho. A partir das informações obtidas teremos condições de elaborar nossos projetos com maior aproveitamento, pois partimos de uma realidade concreta.



É importante que VOCÊ, CATEQUISTA, faça seu CADASTRO, na certeza de que está contribuindo para o crescimento do saber catequético em vista de uma catequese que forma para o DISCIPULADO.
 
Entre no portal da CNBB
 
http://www.cnbb.org.br/catequista/
 
Fonte: CNBB